O que é Lúpus?
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), também conhecido como lúpus, é uma doença inflamatória crônica causada por uma resposta autoimune, em que o próprio corpo ataca seus órgãos e tecidos.
Existem quatro tipos de Lúpus mais comuns. São eles:
– Lúpus Discoide: Uma condição de pele limitada, caracterizada por lesões redondas, vermelhas e descamativas, geralmente encontradas no rosto, couro cabeludo, pescoço e tronco. Essas lesões podem se agravar com a exposição solar.
– Lúpus Sistêmico: Uma enfermidade sistêmica que afeta não somente a pele, mas também diversos órgãos como articulações, rins, pulmões, sistema nervoso e pleura.
– Lúpos induzido por drogas: É quando surgem sintomas similares aos do lúpus eritematoso sistêmico logo após o uso de certos medicamentos. Geralmente, a condição melhora ao interromper o medicamento em questão. Essa condição é frequentemente associada a drogas como a procainamida e a hidralazina.
– Lúpus Neonatal: Doença autoimune em recém-nascidos devido a anticorpos maternos (Anti-Ro e Anti-La) via placenta. Vinculada a mães com doenças que possuem esses anticorpos, como lúpus. Pode causar lesões cutâneas, hepáticas, hematológicas e cardíacas.
Sintomas
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) apresenta uma variedade de sintomas, incluindo:
– Lesões avermelhadas no rosto e dorso do nariz;
– Dor e inchaço nas articulações das mãos;
– Inflamação da pleura ou pericárdio, membranas que revestem pulmões e coração;
– Inflamação nos rins;
– Alterações no sangue, como anemia, leucopenia (redução de glóbulos brancos), linfopenia (redução de linfócitos) ou plaquetopenia (redução de plaquetas);
– Possíveis inflamações cerebrais, causando convulsões, alterações de comportamento, problemas de consciência e sintomas de danos nos nervos periféricos;
– Vasculites, inflamações em pequenos vasos, resultando em lesões avermelhadas e dolorosas nas mãos, pés, boca ou membros;
– Febre, perda de peso e fraqueza durante períodos de atividade da doença;
– Possíveis manifestações nos olhos, aumento de fígado, baço e gânglios durante fases ativas da doença.
Diagnóstico
O diagnóstico deve ser estabelecido considerando tanto as alterações clínicas quanto os resultados laboratoriais em conjunto, evitando a dependência exclusiva de um único exame ou de uma única manifestação clínica.
Tratamento
O tratamento do LES deve ser direcionado com base na gravidade da condição e nos órgãos afetados pela doença. Estratégias terapêuticas como corticosteroides (oral ou pulsoterapia endovenosa), hidroxicloroquina e imunossupressores são frequentemente utilizadas para alcançar o controle e a remissão dos sintomas.
Prevenção
Medidas para controlar o lúpus incluem evitar gatilhos como sol e radiação ultravioleta, tratar infecções, evitar estrógenos e drogas, prevenir gravidez durante a doença ativa e minimizar o estresse. O reumatologista lidera o tratamento, podendo envolver outros especialistas quando necessário.
